quinta-feira, 27 de julho de 2023

Lisboa Noir O ano louco de 1928 - Luís Corte Real

Quando a guerra civil terminou em 1834 com a vitória de D. Miguel, o Pai da Nação instalou uma monarquia absolutista, exterminou os liberais e recuperou o Brasil para a coroa. Sucedeu-lhe D. Miguel II, o Unificador, responsável pela União Ibérica que anexou a coroa espanhola à portuguesa.

Entretanto, Lisboa, capital desse novo império que se espalhava pelos cinco continentes, cresceu para se tornar na primeira megacidade do mundo. E a Guerra do Ultimato, que esmagou os ingleses no final do século XIX, obrigou-os a pagar pesadas compensações e tornou a União Ibérica na maior potência industrial e militar da Europa.

Com D. Miguel III a acabar de subir ao trono, o futuro de Lisboa parece luminoso, mas uma metrópole tão grande esconde muitos segredos. E os mais perigosos têm a ver com a própria dinastia miguelista. Com dirigíveis nos céus, polícias corruptos nas ruas e um Sindicato do Crime a controlar o submundo, prepare-se para visitar uma Lisboa onde tudo pode acontecer.

quinta-feira, 20 de julho de 2023

Outra Autobiografia - Rita Lee

Rita Lee pode ter tido de tudo, menos uma vidinha besta. E os últimos anos foram dos mais difíceis. Ao mesmo tempo que o mundo passava por uma pandemia, a artista brasileira foi diagnosticada com cancro do pulmão. 

Num texto com a franqueza e a honestidade que são marcas registadas da sua escrita, ora cru e chocante, ora cheia de ironias, ora subtil e comovente, Rita Lee não poupa detalhes dos tratamentos a que se sujeitou e dos estados de espírito por que passou. Fala também da rotina, de tropeços inesperados, dos avisos do universo, de seres de luz e dos caminhos que a vida tomou.

Já muito perto do fim, que chegaria aos 75 anos, Rita Lee pariu um novo livro autobiográfico que vai mexer profundamente com o leitor, um relato no qual é tomada por uma coragem que só não é superior ao amor que tem pelo público que a consagrou. E foi a esse público, quase 60 milhões de discos depois, que Rita quis contar, tintim por tintim, o que se passou, como foi o seu final de vida.

quinta-feira, 13 de julho de 2023

Tempos de Eduardo Lourenço Fotobiografia - Maria Manuel Baptista, Maria Manuela Cruzeiro e Fernanda de Castro

Em ano de centenário, Eduardo Lourenço guia-nos pela própria vida e obra numa fotobiografia que imortaliza o mundo intelectual e afetivo de um dos nomes maiores da cultura contemporânea.

No ano em que se assinala o centenário de Eduardo Lourenço, esta obra revisita o perfil de um nome maior da cultura portuguesa contemporânea, uma voz que atravessou fronteiras físicas, estéticas, conceptuais e literárias, e cujo eco se perpetuou - e perpetua - por Tempos e realidades distintas.

Ensaísta, professor, filósofo, conselheiro de Estado, Eduardo Lourenço encerra em si mesmo, e numa obra complexa, vasta e dispersa, um «pensamento que, no seu aparente deambular, voando nas asas do tempo, ou mergulhando fundo na imensidão de um saber a perder de vista, nos coloca frente a frente com o assombro das perguntas essenciais e a insatisfação das sempre provisórias respostas», como destacam Maria Manuel Baptista e Maria Manuela Cruzeiro na nota introdutória a esta edição.

Da infância às primeiras obras publicadas, da vida em França à consagração inequívoca em Portugal e além-fronteiras, somos convidados a entrar neste «labirinto» de conhecimento e afetos, cujo fio do tempo se desenrola numa simbiose perfeita entre as palavras do protagonista e as fotografias que desenham a sua história.

quinta-feira, 6 de julho de 2023

Elon Musk - Walter Isaacson

Do autor de Steve Jobs e outras biografias de sucesso, chega-nos a história surpreendentemente íntima de um dos inovadores mais controversos e fascinantes da atualidade, um visionário avesso a regras que levou o mundo para a era dos carros elétricos, da exploração espacial de iniciativa privada e da inteligência artificial. Ah, e comprou o Twitter.

Durante a sua infância, na África do Sul, Elon Musk foi vítima de bullying. Um dia, foi empurrado de umas escadas de cimento abaixo e pontapeado no rosto até este ficar uma massa ensanguentada e inchada. Ficou internado durante uma semana. Mas as mazelas físicas eram insignificantes quando comparadas com as feridas emocionais infligidas pelo seu pai, um carismático e engenhoso fantasista que agia por conta própria. Quando Elon teve alta do hospital, o pai repreendeu-o. «Tive de ficar de pé uma hora a ouvi-lo gritar comigo, a chamar-me idiota e a dizer-me que era um inútil», recorda.

O impacto do pai na sua psique permaneceria. Transformou-se num homem-criança duro, apesar de vulnerável, com uma tolerância extraordinariamente alta ao risco, sedento de drama e com um sentido épico de missão e uma obstinação maníaca, tão insensível quanto, por vezes, destrutiva.

No início de 2022 ¿ depois de um ano marcado pelo lançamento e colocação em órbita de 31 foguetes da SpaceX, pela marca de um milhão de carros vendidos pela Tesla e de se tornar o homem mais rico do mundo, Musk falou com pesar sobre a sua compulsão para criar dramas. «Preciso de mudar de mentalidade, sair do modo de crise, que é como tenho funcionado nos últimos catorze anos, pelo menos, se não a maior parte da minha vida», disse.

Foi um comentário melancólico, não uma resolução de Ano Novo. Ao mesmo tempo que se comprometia a mudar, comprava, em segredo, ações do Twitter, o maior recreio do mundo. Ao longo dos anos, sempre que se encontrava num lugar mais sombrio, voltava a ser aquela criança agredida no recreio. Agora, tinha a oportunidade de ser o dono do recreio.

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