terça-feira, 31 de julho de 2018

CLÁSSICOS DA LITERATURA - Frankenstein - Mary Shelley

Romance de terror gótico com inspirações do movimento romântico de autoria de Mary Shelley, escritora inglesa e esposa do poeta e ensaísta Percy Bysshe Shelley, relata a história de Victor Frankenstein, um estudante de ciências naturais que busca recriar um ser vivo, uma criatura, através do uso da ciência em seu laboratório. 

A obra foi elaborada após o encontro do casal Shelley com Lorde Byron (1788-1824) em sua mansão às margens do lago Genebra, encontro este que produziu uma série de textos, poemas e romances de autoria de Byron, John Polidori (1795-1821), Percy e Mary Shelley, conforme relatado no "Prefácio" da edição de 1831. A obra foi publicada em 1818, sem o devido crédito para a autora, mas com um prefácio escrito pelo seu marido, Percy Bysshe Shelley. É esta primeira versão publicada, mais densa e completa, que a COMPASSO DOS VENTOS EDITORA apresenta nesta inédita edição. 

O romance obteve grande sucesso e gerou todo um novo género, tendo grande influência na literatura e na cultura popular ocidental. «FRANKENSTEIN: O MODERNO PROMETEU» aborda diversos temas ao longo de sua narrativa, sendo a mais gritante a relação entre a criatura e o seu criador, com óbvias implicações religiosas. Uma influência notável na obra é o poema épico «O Paraíso Perdido», de John Milton. A influência torna-se explícita tanto através da epígrafe que cita três versos do poema, quanto no desenrolar da trama, sendo um dos livros que a criatura lê. 

Preconceito, ingratidão e injustiça também estão presentes: a Criatura é sempre julgada por sua aparência, e agredida antes de ter a oportunidade de se defender. Por fim, a inevitabilidade do destino, tema muito desenvolvido na literatura clássica, é constantemente aludida ao longo da obra que se presta a múltiplas interpretações e leituras. As representações da Criatura e sua história têm variado bastante, de uma simples máquina de matar sem capacidade de reflexão a uma criatura trágica e articulada, o que seria mais próximo do retratado no livro. A primeira adaptação para o grande ecrã foi feita pelos Edison Studios em 1910, mas a mais famosa transposição do romance para as telas é a realizada em 1931 pela Universal e com Boris Karloff como a Criatura. Esta adaptação deu a aparência mais conhecida do monstro, com eletródos no pescoço e movimentos pesados e desajeitados, apesar do livro descrever a criatura de outro modo. Um grande número de continuações seguiu-se, mas desta vez divergindo bastante da história narrada no romance. 

Em 1974, Mel Brooks lança "Frankenstein Júnior", comédia que faz paródia com a história. No filme, Gene Wilder é o neto de Victor Frankestein e recria a criatura, vivida por Peter Boyle. Em 1994 foi lançada uma adaptação cinematográfica realizada por Kenneth Branagh, "Frankenstein", com o próprio Branagh no papel de Victor Frankenstein e Robert De Niro como a Criatura. Esta versão foi a que mais se aproximou do texto original, tendo a história, tempo e características idênticas ao livro e com mínimas alterações.

 Mary Shelley


A Libertação de Goa - Pundalik D. Gaitonde


Goa e a Índia portuguesa: a história esquecida da primeira colónia a libertar-se do jugo de Salazar.
O que aconteceu no final de 1961, quando as regiões de Goa, Damão e Diu, contra a vontade de Salazar, foram ocupadas por tropas indianas? De que forma os goeses intensificaram a sua resistência desde que, em 1947, as forças britânicas partiram e só Portugal continuou atravessado no caminho da Índia rumo à libertação do jugo colonial? E que impacto teve esta primeira vitória contra o colonialismo português no posterior movimento de lutas de libertação das colónias africanas? Se alguém pode responder a estas questões é Pundalik D. Gaitonde: o autor de A Libertação de Goa foi um dos protagonistas da luta da Índia contra a ocupação portuguesa, conselheiro de Nehru e condenado por Portugal enquanto rebelde.

A partir de uma perspectiva privilegiada, o autor compõe um retrato único da história da resistência goesa desde o século xvi até à independência.

 A libertação de Goa


segunda-feira, 30 de julho de 2018

CLÁSSICOS DA LITERATURA - A Quinta dos Animais - George Orwell

Esta nova tradução de Animal Farm recupera o título original, contrariamente às edições anteriores, que adoptaram os títulos panfletários O Porco Triunfante e - o mais conhecido - O Triunfo dos Porcos. 

À primeira vista, este livro situa-se na linhagem dos contos de Esopo, de La Fontaine e de outros que nos encantaram a infância. Tal como os seus predecessores, Orwell escreveu uma fábula, uma história personificada por animais. Mas há nesta fábula algo de inquietante. Classicamente, atribuir aos animais os defeitos e os ridículos dos humanos, se servia para censurar a sociedade, servia igualmente para nos tranquilizar, pois ficavam colocados à distância, «no tempo em que os animais falavam», os vícios de todos nós e as sua funestas consequências. Em A Quinta dos Animais o enredo inverte-se. É a fábula merecida por uma época - a nossa época - em que são os homens e as mulheres a comporta-se como animais.

 George Orwell


O Executor - Helmut Ortner


Envolto em mistério até aos nossos dias, o nome do juiz Roland Freisler está fortemente ligado ao sistema judicial da Alemanha nazi. Além de de Secretário de Estado do Ministério da Justiça do Reich, Freisler foi o presidente do Tribunal do Povo — o homem diretamente responsável por milhares de sentenças de morte. 
O Tribunal do Povo nazi escreveu um dos capítulos mais sombrios da história alemã, já que foi o tribunal que decretou a maioria das sentenças de morte na Alemanha de Hitler e tinha apenas uma função: liquidar toda a oposição ao regime de Hitler. 
Os interrogatórios do Tribunal do Povo eram filmados com a intenção de se usarem posteriormente as imagens como propaganda. Quase todos os réus eram considerados culpados e condenados à morte por enforcamento, com as sentenças executadas no prazo de duas horas após a aprovação dos veredictos.
O domínio das leis e a destreza verbal nos tribunais fizeram de Roland Freisler o juiz mais temido do terceiro Reich. Nos seus interrogatórios, alternava entre a frieza e a ação metódica com a impulsividade, os gritos e furiosas exaltações teatrais exercidas contra os réus.
Esta é a história, manchada de sangue, de um juiz implacável, numa época sem piedade, uma personagem enigmática, terrível e desprovida de coração, que foi morta em fevereiro de 1945 durante um ataque aéreo dos Aliados.

 O executor


domingo, 29 de julho de 2018

CLÁSSICOS DA LITERATURA - Moby Dick - Herman Melville

Moby-Dick, obra prima de Melville, o mais experimental dos romances, é a história de um louco e da sua vingança. Depois de ter sido mutilado por uma baleia, o capitão Ahab procura vingar-se. A baleia é Moby Dick, um ser gigantesco, o terror dos baleeiros. Pequod é o navio, em que Ahab instala um poder tirânico com o único propósito de abater o monstro dos mares, objecto de toda a sua raiva. Melville leva-nos por uma viagem inolvidável, uma rota orientada pelo desespero, a loucura e a crueldade. Este livro é hubris pura: conflito, confronto, ressentimento e ódio. É a aventura e o romance convertidos em mito. Um dos livros mais importantes jamais escritos. Entre as tábuas do Pequod, concentra-se toda a humanidade. A beleza e a tragédia do ser humano, cercado por um impiedoso oceano e dominado pelo turbilhão de uma vingança sem sentido. A luta do homem contra o homem, a luta do homem contra a natureza. No fim, a inevitável derrota. Um livro para ler e reler, que inclui ainda um ensaio de D.H. Lawrence sobre Moby-Dick.

 Moby Dick


O Legado - Yrsa Sigurdardóttir

Uma jovem mulher é brutalmente assassinada na sua casa, em Reiquejavique. A única testemunha é a filha de sete anos, mas a criança não fala. Quando uma segunda mulher é assassinada, a polícia fica literalmente sem saber o que fazer. Entretanto, um radioamador recebe mensagens peculiares que o põem em conexão com as mulheres assassinadas, e a curiosidade move- -o a começar uma investigação por conta própria. Huldar, o detetive responsável por este caso, e Freyia, a psicóloga que tem a cargo a miúda - que presenciou o homicídio -, são obrigados a trabalhar em conjunto. Mas esta colaboração não é fácil: poucas semanas antes tinham-se conhecido num bar e passado a noite juntos, e, na manhã seguinte, ao acordar, Freyia constatara, dececionada, que Huldar - que se dera a conhecer não como polícia, mas como um carpinteiro recém- -chegado à cidade - se eclipsara. 

Autora cimeira do suspense (e dos tops de vendas) na Escandinávia e em todo o Mundo, Yrsa Sigurdardóttir mostra mais uma vez a sua competência na criação de uma história de grande ritmo narrativo, personagens inesquecíveis e uma intriga de grande inteligência. O Legado é o primeiro livro da trilogia DNA, também conhecida como «série Freyia e Huldar». Seguir-se-ão O Vortex e A Absolvição.

 O legado


sábado, 28 de julho de 2018

CLÁSSICOS DA LITERATURA - Por Quem os Sinos Dobram - Ernest Hemingway

Em 1937 Ernest Hemingway viajou para Madrid, com o intuito de aí realizar algumas reportagens sobre a resistência do governo legítimo de Espanha ao avanço dos revoltosos fascistas. Três anos mais tarde, concluiria a elaboração de um dos mais famosos romances sobre a Guerra Civil de Espanha, Por Quem os Sinos Dobram.

A história de Robert Jordan, um jovem americano das Brigadas Internacionais, membro de uma unidade guerrilheira que combate algures numa zona montanhosa, é um relato de coragem e lealdade, de amor e derrota, que acabou por constituir um dos mais belos romances de guerra do século XX.

«Se a função de um escritor é revelar a realidade», escreveria o editor Maxwell Perkins em carta dirigida a Hemingway após ter concluído a leitura do seu manuscrito, «nunca ninguém o fez melhor do que você.»

 Ernest Hemingway


Uma História do Desejo Feminino - Carol Dyhouse

Desde os sonhos com príncipes encantados e com impetuosos heróis militares até ao poder de atração exercido por homens estranhos, misteriosos, ou por amantes vampiros; desde estrelas pop e rebeldes a homens em quem podemos confiar, bons companheiros e dedicados à família - a historiadora Carol Dyhouse serve-se do cinema, da literatura e do romance popular para mostrar como a mudança de posição das mulheres na sociedade (através da educação e da independência económica) alterou os seus sonhos e acabou por mudar o mundo. E reflete sobre a história das mulheres enquanto consumidoras influentes, sobre a natureza da fantasia e do desejo, levando-nos numa viagem pelo mundo do feminino e da imaginação sexual.

 Carol Dyhouse


sexta-feira, 27 de julho de 2018

CLÁSSICOS DA LITERATURA - Os Três Mosqueteiros - Alexandre Dumas

Estamos na França do século XVII, na fase final do reinado de Luís XIII, da governação de Richelieu e do conflito com a Inglaterra. Um jovem gascão, d’Artagnan, chega a Paris e trava amizade com três mosqueteiros do rei: Athos, Porthos e Aramis.

As aventuras sucedem-se e desfilam notáveis personagens: a rainha Ana ameaçada, a doce e fiel Constance, Milady, a encarnação da maldade, o devoto criado Planchet, o oportunista Bonacieux, e Rochefort, o espadachim do cardeal. A intriga política embacia os acontecimentos, intromete-se nos amores, obriga a compromissos.

Pairando sobre a coragem e a valentia de uns e a vileza e a astúcia de outros, está sempre a amizade entre d’Artagnan e os três mosqueteiros, que Alexandre Dumas preza acima de tudo: «Todos por um, um por todos!

 Alexandre Dumas


Solucionário - Madalena Villalobos

Apesar de todos os avanços tecnológicos terem resultado em máquinas mais eficientes, em tecidos mais resistentes e em detergentes de melhor qualidade, um dos dramas da vida doméstica é sem dúvida a remoção de nódoas.
Através deste livro de consulta fácil e prática a que chamou Solucionário, e recorrendo apenas aos produtos que todos temos em casa, Madalena Villalobos ensina a remover nódoas, manchas e maus cheiros da sua roupa e de todo o tipo de tecidos e superfícies.
E não é que funciona mesmo?

EFICÁCIA COMPROVADA!
Sabia que pode recorrer…
… a cebola ou a pó de talco para remover nódoas de azeite?
… a gelo ou a vinagre para combater as difíceis nódoas de café?
… e a farinha ou a espuma de barbear para tirar manchas de vinho?
Descubra estas e outras técnicas neste imprescindível Solucionário.

 Solucionário


quinta-feira, 26 de julho de 2018

CLÁSSICOS DA LITERATURA - A Origem das Espécies - Charles Darwin

«Charles Robert Darwin nasceu em 1809. O seu grande livro, Sobre a Origem das Espécies por Meio de Selecção Natural, ou a Preservação das Variedades Favorecidas na Luta pela Existência foi publicado em 1859, quando o autor tinha cinquenta anos de idade. Darwin viveria ainda vinte e cinco anos, morrendo em 1882, quando a Origem tivera já seis edições e fora consideravelmente revista e reescrita. Por norma, a sexta edição, de 1872, era a mais frequentemente reproduzida, mas mais recentemente os estudiosos têm insistido que é a primeira edição a realmente importante — vemos o pensamento de Darwin na sua forma original. As questões que coloco nesta introdução são acerca da génese da Origem e a sua natureza — a sua estrutura e conteúdo.» É com estas palavras que Michael Ruse inicia a brilhante introdução que escreveu em exclusivo para a edição portuguesa de A Origem das Espécies. Com uma nova tradução, apresenta-se um novo livro, aquele que revolucionou o lugar do Homem no Universo.

 Origem das espécies


Charlatães - Robin Cook

Célebre pelos seus avanços na medicina, o hospital universitário de Boston tem diversas «salas de operações híbridas do futuro». Os tratamentos são mais bem-sucedidos e os riscos muito reduzidos. É por isso um choque quando um erro de anestesia durante uma operação de rotina resulta na morte do paciente. O Dr. Noah suspeita de William Mason, um cirurgião de renome internacional, narcisista e snobe. Mas Mason põe todas as culpas na anestesista Ava London.

Quando começam a surgir mais mortes associadas a erros nas anestesias, Noah é obrigado a investigar todo o seu pessoal médico, incluindo Ava, que pode muito bem não ser quem parecia ser. Mas, sobretudo, é preciso descobrir o culpado antes que mais mortes sucedam.

 Robin Cook


quarta-feira, 25 de julho de 2018

CLÁSSICOS DA LITERATURA - O Príncipe - Nicolau Maquiavel

Ao longo da sua carreira Maquiavel procurou estabelecer um Estado capaz de resistir às ameaças exteriores. Os seus escritos denotam a preocupação de criar princípios segundo os quais o Estado assenta e os meios pelos quais ele possa ser indubitavelmente implementado e mantido. No seu trabalho mais conhecido e famoso, O Príncipe, o autor descreve o método pelo qual um príncipe pode adquirir e manter o poder político. Esta postura, por vezes confundida como uma defesa do despotismo e tirania, é baseada nas crenças de Maquiavel de que um governante não se rege pelas tradicionais normas éticas. Segundo o seu ponto de vista, um príncipe deveria preocupar-se apenas com o poder e regular-se apenas pelas regras que o levariam ao sucesso nas diversas acções políticas. Para Maquiavel, o Estado deve ser virtuoso e estável e as acções tomadas para defender essa estabilidade, por muito sórdidas ou cruéis que sejam, justificam-se. A sua máxima é a de que os fins justificam os meios. Esta edição que a Presença agora lança, traduzida a partir do texto original por Maria Jorge Vilar de Figueiredo, conta com uma introdução e notas da autoria de José António Barreiros, eternizando uma das mais famosas obras da história da filosofia política.

 Maquiavel


A Revoada - Gabriel García Márquez


Esta é a história de um enterro impossível, o enterro de um homem, um misterioso e odiado médico, que a povoação quer deixar insepulto.

E é também a história de um velho coronel na reforma que, para cumprir uma promessa, se empenha em enterrá-lo, apesar da oposição de todo o povoado e das suas autoridades. Como numa tragédia grega, o velho coronel, com a ajuda da filha e do neto, tentará cumprir a funesta tarefa.

Através dos pensamentos destas três personagens é construída a narrativa, composta pela descrição dos preparativos para o enterro e por recordações de um quarto de século da história de Macondo, de 1905 a 1928, e do ódio nela acumulado.

 Gabriel Garcia Marquez


terça-feira, 24 de julho de 2018

CLÁSSICOS DA LITERATURA - Doutor Jivago - Boris Pasternak

A célebre obra de Pasternak que foi adaptada ao cinema e que teve nos principais papéis Omar Shariff e Julie Christie.
Iuri Jivago era filho de um grande industrial russo. Orfão de pai e mãe, foi criado por uma família de Moscovo. Parte para a guerra como médico militar. A revolução de 1917 surpreende-o em Moscovo. Vai com a família para os Urales, onde é preso pelos revolucionários. Quando regressa, não encontra família, mas conhece Lara, por quem se apaixona. Mas o destino separá-los-á. Ela seguirá para o Extremo Oriente, ele para Moscovo.

 Doutor Jivago


A Viagem Mais Improvável - Walter Alvarez


Gosto de pensar na Grande História como uma combinação de quatro regimes: Cosmos, Terra, Vida e Humanidade. Cada um destes quatro encontra-se repleto de estórias fascinantes que nos ajudam a entender o que é ser um ser humano que vive no nosso mundo, e não qualquer outra espécie de criatura que vive noutro lugar.

 Walter Alvarez



segunda-feira, 23 de julho de 2018

CLÁSSICOS DA LITERATURA - Memorial do Convento - José Saramago

«Um romance histórico inovador. Personagem principal, o Convento de Mafra. O escritor aparta-se da descrição engessada, privilegiando a caracterização de uma época. Segue o estilo: "Era uma vez um rei que fez promessas de levantar um convento em Mafra... Era uma vez a gente que construiu esse convento... Era uma vez um soldado maneta e uma mulher que tinha poderes... Era uma vez um padre que queria voar e morreu doido". Tudo, "era uma vez...". Logo a começar por "D. João, quinto do nome na tabela real, irá esta noite ao quarto de sua mulher, D. Maria Ana Josefa, que chegou há mais de dois anos da Áustria para dar infantes à coroa portuguesa a até hoje ainda não emprenhou (...). Depois, a sobressair, essa espantosa personagem, Blimunda, ao encontro de Baltasar. Milhares de léguas andou Blimundo, e o romance correu mundo, na escrita e na ópera (numa adaptação do compositor italiano Azio Corghi). Para a nossa memória ficam essas duas personagens inesquecíveis, um Sete Sóis e o outro Sete Luas, a passearem o seu amor pelo Portugal violento e inquisitorial dos tristes tempos do rei D. João V.» (Diário de Notícias, 9 de outubro de 1998)

 José Saramago


O Amor da Minha Vida - Clare Empson

Catherina deixou de falar. Algo a perturbou de tal forma que não consegue comunicar. Ninguém sabe o que foi. Para a ajudarem, os médicos terão de desvendar esse mistério. e começar pelo seu passado… por ele.

Lucian. O grande e único amor de Catherine, a quem ela abandonou uma noite, sem qualquer explicação, estilhaçando a vida de ambos. Anos depois, Catherine e Lucian voltam a encontrar-se. Tudo pode acontecer pois a paixão que os uniu mantém-se… mas sobre eles pesa ainda o segredo daquela noite fatídica. Catherine sabe que chegou o momento de o revelar. 

Será a verdade capaz de salvar este amor imenso que nem o tempo conseguiu esmorecer? 
Ou irá destruí-los de novo, arrastando-os irremediavelmente para o abismo? 

O que acontece a seguir está na origem do silêncio de Catherine. 

O que acontece a seguir… é a única coisa que ninguém podia prever.

 O amor da minha vida


domingo, 22 de julho de 2018

CLÁSSICOS DA LITERATURA - A Sangue Frio - Truman Capote

Um dos grandes romances da literatura americana do século XX.

O americano Truman Capote foi um escritor versátil, mas a sua grande obra foi o romance não-ficção A Sangue Frio, que conta a história da morte da família Clutter, em Holcomb, Kansas, e dos autores da chacina. 
Capote decidiu escrever sobre o assunto ao ler no jornal a notícia do assassinato da família, em 1959. Quase seis anos depois, em 1965, a história foi publicada em quatro partes na revista The New Yorker. Além de narrar o extermínio do fazendeiro Herbert Clutter, de sua esposa Bonnie e dos filhos Nancy e Kenyon –uma típica família americana dos anos 50, pacata e integrada na comunidade–, o livro reconstitui a trajectória dos assassinos. Perry Smith e Dick Hikcock planearam o crime acreditando que se apropriariam de uma fortuna, mas não encontraram praticamente nada. Perry era um sonhador. Cresceu de uma forma conturbada e violenta, e achava que a vida lhe tinha dado golpes injustos. Dick, considerado o cérebro da dupla, queria apenas arrebatar o dinheiro e desaparecer. Presos e condenados, ambos morreram na forca em 1965.

A intensa relação que Capote estabeleceu com as suas fontes foi determinante para o êxito da obra. Além de passar mais de um ano na região de Holcomb, investigando e conversando com moradores, aproximou-se dos criminosos e conquistou a sua confiança. Traçou um perfil humano e eloquente dos dois «meninos», como costumava chamar-lhes.

 A sangue frio


O que Fica Somos Nós - Jill Santopolo

Numa luminosa manhã de fim de Verão, Lucy e Gabe encontram-se na universidade, em Nova Iorque, e apaixonam-se. Parece o começo de uma história como muitas outras, mas estamos a 11 de setembro de 2001 e, enquanto a cidade está envolta em poeira e detritos, eles beijam-se e trocam promessas. Assumem que têm de encontrar um significado para as suas vidas, tirar proveito dela, deixar uma marca. Jovens e apaixonados, pareciam ter o mundo a seus pés. Não esperavam que os seus próprios sonhos os separassem. Mas Gabe aceita trabalhar como fotógrafo de imprensa no Médio Oriente e Lucy decide continuar a sua carreira em Nova Iorque.
Treze anos depois, Lucy está numa encruzilhada. Sente a necessidade de revisitar as épocas fundamentais do seu relacionamento com Gabe, marcado por escolhas que os conduziram por diferentes caminhos, ao longo de diferentes vidas. Escolhas que, no entanto, nunca romperam o vínculo profundo que os une. Então, é chegado o momento, naquele dia... Lucy mantém um último segredo, e é hora de o revelar a Gabe. Todas as suas escolhas os conduziram até ali. Agora, uma última escolha decidirá o seu futuro.

 O que fica somos nós


sábado, 21 de julho de 2018

CLÁSSICOS DA LITERATURA - A Peste - Albert Camus

Na manhã de um dia 16 de abril dos anos de 1940, o doutor Bernard Rieux sai do seu consultório e tropeça num rato morto. Este é o primeiro sinal de uma epidemia de peste que em breve toma conta de toda a cidade de Orão, na Argélia. Sujeita a quarentena, esta torna-se um território irrespirável e os seus habitantes são conduzidos até estados de sofrimento, de loucura, mas também de compaixão de proporções desmedidas. Uma história arrebatadora sobre o horror, a sobrevivência e a resiliência do ser humano, A Peste é uma parábola de ressonância intemporal, um romance magistralmente construído, que, publicado originalmente em 1947, consagrou em definitivo Albert Camus como um dos autores fundamentais da literatura moderna.

 Albert Camus


Uma Breve História da Economia - Niall Kishtainy


Quais são as causas da pobreza? 
Serão as crises económicas inevitáveis no capitalismo? 
A intervenção do estado na economia é benéfica ou uma fatalidade? 

As respostas a estas e outras questões essenciais importam a todos nós; contudo, por vezes, a terminologia específica com que nos deparamos pode comprometer a sua compreensão. Este livro esclarecedor, acessível e estimulante é ideal tanto para aqueles que estão a iniciar os seus estudos em Economia como para quem procura uma melhor compreensão e informação sobre a história e as ideias desta ciência desde o passado remoto até aos nossos dias. 

Com capítulos curtos e uma organização cronológica criteriosa, o presente livro debruça-se sobre as teses de grandes pensadores como Adam Smith, Karl Marx e John Keynes, bem como sobre marcos históricos, como a invenção do dinheiro, a ascensão do capitalismo ou a Grande Depressão, e sobre temas como empreendedorismo, desigualdade, economia comportamental e crashes financeiros. 

Um guia único, prático e elucidativo sobre o pensamento económico que moldou o mundo.

 Uma breve história da economia


sexta-feira, 20 de julho de 2018

CLÁSSICOS DA LITERATURA - Admirável Mundo Novo - Aldous Huxley

Admirável Mundo Novo é uma parábola fantástica sobre a desumanização dos seres humanos. Na utopia negativa descrita no livro, o Homem foi subjugado pelas suas invenções. A ciência, a tecnologia e a organização social deixaram de estar ao serviço do Homem; tornaram-se os seus amos. Desde a publicação deste livro, o mundo rumou a passos tão largos na direcção errada que, se eu escrevesse hoje a mesma obra, a acção não distaria seiscentos anos do presente, mas somente duzentos. O preço da liberdade, e até da simples humanidade, é a vigilância eterna.

 Aldous Huxley


O Regresso - Hisham Matar



Simultaneamente uma narrativa universal e um relato intensamente pessoal, este livro é também uma meditação singular sobre a influência dos factos históricos e políticos na nossa vida. e não aborda apenas o peso do passado, mas igualmente o que o efeito reconfortante do amor, da literatura e da arte podem trazer-nos. Trata-se, no fundo, de uma abordagem àquilo que é a existência humana. 

Hisham Matar tinha dezanove anos e estudava em Inglaterra quando o pai foi raptado e feito prisioneiro na Líbia. Nunca mais voltariam a ver-se, mas Hisham nunca perdeu a esperança de vir a reencontrar o pai com vida. Vinte e dois anos mais tarde, graças à queda de Kadhafi, ele regressou ao seu país natal em busca da verdade. Neste comovente livro de memórias, o autor guia-nos numa viagem reveladora, tanto física como psicológica: uma viagem de busca pelo pai desaparecido e de redescoberta do seu país. 

Um livro poderoso sobre como é viver depois de perdermos alguém em circunstâncias inimagináveis.

 O Regresso


quinta-feira, 19 de julho de 2018

CLÁSSICOS DA LITERATURA - As Vinhas da Ira - John Steinbeck

Na década de 1930, as grandes planícies do Texas e do Oklahoma foram assoladas por centenas de tempestades de poeira que causaram um desastre ecológico sem precedentes, agravaram os efeitos da Grande Depressão, deixaram cerca de meio milhão de americanos sem casa e provocaram o êxodo de muitos deles para oeste, rumo à Califórnia, em busca de trabalho. Quando os Joad perdem a quinta de que eram rendeiros no Oklahoma, juntam-se a milhares de outros ao longo das estradas, no sonho de conseguirem uma terra que possam considerar sua. E noite após noite, eles e os seus companheiros de desdita reinventam toda uma sociedade: escolhem-se líderes, redefinem-se códigos implícitos de generosidade, irrompem acessos de violência, de desejo brutal, de raiva assassina. Este romance que é universalmente considerado a obra-prima de John Steinbeck, publicado em 1939 e premiado com o Pulitzer em 1940, é o retrato épico do desapiedado conflito entre os poderosos e aqueles que nada têm, do modo como um homem pode reagir à injustiça, e também da força tranquila e estoica de uma mulher. As Vinhas da Ira é um marco da literatura mundial.

 As vinhas da ira


À Mesa com Ramalho Ortigão - Maria Antónia Goes

José Duarte Ramalho Ortigão atravessou a história da Monarquia à República de 1836 a 1915, num conturbado momento civilizacional. Atento, talentoso, com energia e capacidade de trabalho deixou-nos precioso testemunho da sociedade portuguesa no Séc. XIX.

É patente a indelével vontade de abrir o país ao conhecimento e à experiência internacional, como é manifesto na sua criteriosa bibliografia. O que também, não o impediu de exercer o apurado sentido crítico iniciado nas primeiras Farpas em colaboração com o seu ex-aluno Eça de Queirós. Viajou imenso. Recolheu e trouxe para Portugal o resultado das suas observações de que destacamos: Paris, A Holanda, John Bull – depoimento sobre aspecto da vida e civilização inglesa, Notas de Viagem...

A nível interno deixou-nos As Praias de Portugal. E, influenciado pela visita à Exposição Universal de Paris contribuíu para a valorização da nossa riqueza termal, efectuando um cuidado levantamento geográfico na obra Banhos de Caldas e Águas Minerais, que ainda hoje nos pode servir de guião.

O deslumbramento pela sociedade parisiense contagiou o seu entusiasmo pela gastronomia francesa e a contraponto cuidou com atenção do nosso património alimentar, sendo-lhe atribuída uma célebre e polémica receita sobre o modo de frigir batatas.

A arte da mesa tem lugar privilegiado na sua obra, como nos demonstra Maria Antónia Goes numa metódica análise de Jantares e Jantantes aqui enriquecido com as receitas da época. 

À Mesa com Ramalho Ortigão é um convite à partilha dos sabores.

 Ramalho Ortigão


quarta-feira, 18 de julho de 2018

CLÁSSICOS DA LITERATURA - O Grande Gatsby - F. Scott Fitzgerald

A existência de F. Scott Fitzgerald coincide literariamente com os dois decénios que separam as duas guerras, repartindo-se entre a América onde nasceu, numa pacata cidade do Middle West, no Minnesota, e a França, onde viveu durante vários anos com a família. O seu nome evoca-nos uma geração que associamos à lendária idade do jazz, vertiginosa e fútil. Fitzgerald pertenceu a essa geração, foi um dos seus arautos. A sua vida tão precocemente visitada pela fama, e tão cedo destruída, é a carne e o sangue de que é feita a sua obra. O Grande Gatsby é o seu maior romance, talvez porque nele se fundem com rara felicidade essa matéria-prima, a sua própria experiência de vida, e uma linguagem de grande qualidade poética.

 O grande Gatsby


O Rio do Sonho - Joanne Harris


Asgard caiu. Os deuses nórdicos foram derrotados e estão agora confinados ao tormento eterno da Terra dos Mortos. Mas o maquiavélico Loki não se conforma. Está determinado a fugir. E, um dia, encontra uma saída. Pois os deuses não morrem enquanto forem lembrados e, ao perceber que a Humanidade ainda sonha com eles, Loki encontra nas suas fantasias uma maneira de regressar à Terra… dentro da mente de uma jovem adolescente.

Jumps tem 17 anos, é rebelde e inquieta… e não fica nada satisfeita com a intromissão, principalmente porque o seu deus de eleição é Thor. Mas também os seus melhores amigos são tomados pelos deuses, que, um a um, estão a conseguir escapar. 

Thor, Odin e muitos outros… Loki não antecipou tal movimentação. E tão-pouco está preparado para enfrentar a determinação de Jumps… ou o plano de Odin, que quer restituir o domínio dos deuses.
Claro que, com Loki à mistura, o caos é total…

 O rio do sonho


terça-feira, 17 de julho de 2018

CLÁSSICOS DA LITERATURA - O Lobo das Estepes - Hermann Hesse

Originalmente publicado em 1929, O Lobo das Estepes continua a marcar a nossa alma como um clássico da literatura moderna.

Harry Haller é o lobo das estepes: selvagem, estranho, tímido e alienado da sociedade.
O seu desespero e desejo pela morte atraem-no para um submundo encantado e sombrio. Através de uma série de encontros obscuros - alternadamente românticos, bizarros e selvagens - o misantropo Haller começa gradualmente a redescobrir os sonhos perdidos da sua juventude. 

Este retrato acelerado de um homem que se sente ele próprio meio-humano, meio-lobo tornou-se a bíblia da contracultura da década de 1960, capturando o humor de uma geração descontente e continua, até hoje, a ser uma história de alienação e redenção humana.

 O lobo das estepes


Os Anos Trump - Eduardo Paz Ferreira

Trinta anos depois da queda do Muro de Berlim, o governo sueco reiniciou uma prática que havia suspendido: a publicação de um opúsculo entregue a todos os suecos e traduzido em 13 línguas, online, intitulado Se Chegar a Crise ou a Guerra, que procura ser um manual de sobrevivência. 

Mesmo admitindo que a Suécia não é o país em maior risco, impressiona a percepção do seu governo de que tornamos a viver num mundo perigoso, de muitas incertezas. Algumas já existiam antes da presidência Trump, mas outras são consequência dela ou foram por ela substancialmente reforçadas. 

O livrinho em causa contém uma importante advertência aos cidadãos: caso ouçam a notícia de que foram dadas ordens para cessar a resistência, trata-se de fakenews (uma falsa notícia) e devem continuar a luta. É este o aviso que aqui também assumimos: não nos renderemos.

 Os anos de Trump


segunda-feira, 16 de julho de 2018

CLÁSSICOS DA LITERATURA - As Viagens de Gulliver - Jonathan Swift

Lemuel Gulliver, cirurgião naval e náufrago, acorda em Lilliput, onde o tamanho minúsculo dos seus habitantes torna as suas discussões e preocupações ridículas. Uma segunda viagem leva-o até ao reino dos gigantes, onde de novo o tamanho lhe dá uma nova perspectiva do comportamento humano. Depois, de novo lançado no mar por piratas, Gulliver visita uma serie de ilhas onde a aprendizagem é mal orientada e a imortalidade é algo a lamentar. A última viagem de Gulliver leva-o à terra dos houyhnhnms, cavalos racionais, que partilham o seu domínio com os brutais Yahoo. Uma sátira corrosiva que abrange todos os aspectos da humanidade.

 As viagens de Gulliver



Os Polícias Não Choram - Miguel Rodrigues


Miguel Rodrigues é um dos mais conhecidos estudiosos do fenómeno policial, com vastos conhecimentos da realidade prática, uma vez que é chefe da PSP. 

Neste livro faz uma abordagem completa e multidisciplinar ao trabalho desenvolvido pelas polícias - PSP e GNR -, colocando o dedo na ferida relativamente a vários pontos polémicos e que estão na ordem do dia.

 Os policias não choram


domingo, 15 de julho de 2018

CLÁSSICOS DA LITERATURA - Orgulho e Preconceito - Jane Austen

A chegada de vários jovens marca uma profunda transformação na vida de uma família de classe média rural, os Bennets, e em particular na das suas filhas.
Um desses jovens é Darcy, membro da alta sociedade que se distingue pelo seu orgulho. Desenvolve-se uma série de desafios, de equívocos, de julgamentos apressados, que conduzem à mágoa e ao escândalo, mas também ao auto-conhecimento e amor.

 Jane Austen


Hereges! Os assombrosos (e perigosos ) primórdios da Filosofia moderna - Steven Nadler e Ben Nadler

Esta narrativa gráfica divertida e esclarecedora conta a empolgante história dos pensadores do século XVII que desafiaram a autoridade - às vezes arriscando a exclusão, prisão e até a morte - para estabelecer as bases da filosofia e da ciência modernas e ajudar a inaugurar um novo mundo. Com diálogos magistrais e ilustrações sugestivas, Hereges! proporciona uma introdução única ao nascimento do pensamento moderno em banda desenhada - inteligente, elegante e muitas vezes divertida. 

Os seus protagonistas são filósofos e cientistas questionadores e controversos como Galileu, Descartes, Espinosa, Locke, Leibniz e Newton, que mudaram de forma substancial a maneira como vemos o mundo, a sociedade e a nós mesmos, pondo tudo em causa, desde a ideia de que a Terra é o centro do Universo à noção de que os reis têm o direito divino de governar. Mais apegados à razão do que à fé, esses pensadores defenderam novas perspectivas, encaradas como escandalosas, sobre a natureza, a religião, a política, o conhecimento e a mente humana. 

Hereges! conta a história das ideias, vidas e tempos desses pensadores de uma maneira diferente e cativante. Acompanhando por toda a Europa as viagens e exílios desses vultos, a narrativa descreve os encontros e confrontos entre si - assim como os confrontos com as autoridades religiosa e régia - relatando os momentos-chave de um dos mais brilhantes períodos da história da filosofia e da ciência modernas.

 Hereges


sábado, 14 de julho de 2018

CLÁSSICOS DA LITERATURA - O estrangeiro - Albert Camus

Meursault recebe um telegrama: a mãe morreu. De regresso a casa após o funeral, enceta amizade com um vizinho de práticas duvidosas, reencontra uma antiga colega de trabalho com quem se envolve, vai à praia - até que ocorre um homicídio. Romance estranho, desconcertante sob uma aparente singeleza estilística, em O Estrangeiro joga-se o destino de um homem perante o absurdo e questiona-se o sentido da existência. Publicado originalmente em 1942, este primeiro romance de Albert Camus foi traduzido em mais de quarenta línguas e adaptado para o cinema por Luchino Visconti em 1967, sendo indubitavelmente uma das obras-primas da literatura francesa do século xx. Esta edição foi revista de acordo com o texto fixado pelo autor. 

 Albert Camus


Do outro lado - Michael Connelly

O detetive Harry Bosch acaba de se reformar da LAPD, mas o seu meio-irmão, o advogado de defesa Mickey Haller, precisa da sua ajuda. Uma mulher foi brutalmente assassinada, o corpo encontrado na cama, e todas as provas apontam para o cliente de Haller, antigo membro de um gang de Los Angeles que diz há muito ter abandonado o mundo do crime. Embora a acusação de homicídio pareça perfeita, Mickey tem a certeza de que se trata de uma armadilha.

Bosch não quer atravessar a linha que opõe as forças de segurança à defesa de um criminoso. Sente que tal seria trair uma carreira lendária de trinta anos como detetive na Brigada de Homícidios. Mas Mickey garante não comprometer o seu trabalho: se Harry provar que o seu cliente é culpado, então a prova será entregue à acusação.

Desafiando todos os seus instintos, Bosch aceita o caso. A investigação tem, pura e simplesmente, demasiadas lacunas. Se o cliente de Haller é inocente, quem será o culpado? Todos os caminhos vão dar ao interior do Departamento da Polícia – e o assassino que Harry Bosch procura também o tem estado a procurar a ele.

 Do outro lado


sexta-feira, 13 de julho de 2018

CLÁSSICOS DA LITERATURA - Os Lusíadas - Luís de Camões

Os Lusíadas têm como tema central o descobrimento do caminho marítimo para a Índia, atingindo o seu auge no momento em que Vasco da Gama dobra o Cabo da Boa Esperança, tratando em paralelo, de um modo muito engenhoso e com grande mestria, a História de Portugal.
É o primeiro poema regular na literatura do Renascimento, tem ecos de Homero e Virgílio, observando-se grande unidade e equilíbrio entre os seus elementos.
Um grande sopro patriótico anima todo o poema, que culmina com a profetização de altos destinos para os Portugueses.

 Camões


Um Homem com Sorte - Nicholas Sparks


Tudo começa com uma fotografia. Encontrada nas areias do deserto, coberta de poeira, meio enterrada…Nela, uma mulher bonita sorri. Ao encontrá-la, Logan Thibault, fuzileiro naval dos Estados Unidos a cumprir serviço no Iraque, quase - quase - a ignora. Mas algo o faz reconsiderar, e acaba por guardá-la. a partir desse momento, Logan parece ser bafejado pela Sorte.

Já de regresso a casa, as memórias da guerra continuam a atormentá-lo… e a imagem que não lhe sai da cabeça é a da jovem da fotografia. Será ela a chave do seu destino? Logan está disposto a arriscar que sim e decide procurá-la, nem que para tal tenha de correr todo o país. 

Quando finalmente a encontra, a atração entre ambos é inegável. Beth é a mulher por quem Logan esperou a vida toda. Ainda assim, ele guarda para si o segredo de como chegou até ela… sem saber que pode estar a destruir não só o amor de ambos, mas também as suas vidas…

 Sparks


quinta-feira, 12 de julho de 2018

CLÁSSICOS DA LITERATURA - Odisseia - Homero

Frederico Lourenço regressa ao texto da Odisseia e revê a sua primeira tradução, acrescentando-lhe notas importantíssimas.
A Odisseia não é apenas um dos grandes épicos da literatura grega; é também um dos pilares do cânone ocidental, um poema de rara e extraordinária beleza - e o livro que mais influência exerceu, ao longo dos tempos, no imaginário ocidental.

Quando a Ilíada e a Odisseia foram compostas, ainda não tinha sido escrita a maior parte dos livros que integram o Antigo Testamento; as duas epopeias homéricas são, para todos os efeitos, os primeiros grandes livros da cultura ocidental.
Anos depois da sua tradução inicial, Frederico Lourenço regressou ao texto e fez um criteriosa e minuciosa revisão, acrescentando ainda notas e comentários que esclarecem dúvidas sobre o texto, bem como questões de natureza linguística, geográfica ou histórica que se colocam ao leitor de hoje.

Este grande trabalho de tradução confirma Frederico Lourenço como o grande tradutor moderno do poema grego.

 Odisseia


O Escuro que te Ilumina - José Riço Direitinho

«As almas gémeas não são as que se talham no Céu. Mas as que se esculpem uma à outra em alguma parte dos seus abismos.» 
Lisboa é a cidade onde ninguém dorme. Nem o narrador desta história surreal. A sua janela dá para a fachada de um edifício de apartamentos de cujos habitantes imagina a vida sexual (até se apaixonar por uma vizinha). 

Porém, quando começa a investigar a vida real dessas pessoas - e dessas mulheres -, percebe que a sua imaginação é demasiado pobre em comparação com a realidade; na «cidade que não dorme» o desejo confunde-se com a perdição, o delírio com a abjeção, e não há fronteiras entre sexos nem entre pessoas. Um romance erótico - e pornográfico, brutal, perigoso e inclassificável, onde reconhecemos parte da cidade e dos seus habitantes. Todos os lugares são reais; as personagens, às vezes - mas só às vezes -, são inventadas.

 O escuro que nos ilumina


quarta-feira, 11 de julho de 2018

CLÁSSICOS DA LITERATURA - O Castelo - Franz Kafka

Depois de O Processo, um dos clássicos da literatura moderna, impunha-se a edição de O Castelo, que apresenta um outro aspeto essencial do pensamento de Kafka: contra a angústia que o habita, a alegria mística e a esperança.

O Castelo, surge, pois, como outra obra capital nessa totalidade que é este universo estranho e perturbador de que o genial escritor judeu-checo soube oferecer-nos uma imagem plena de rigor e de objetividade.

Como O Processo, esta edição portuguesa de O Castelo foi traduzida diretamente do alemão, e compreende passagens e fragmentos inéditos, além das páginas que Max Brod, amigo íntimo e biógrafo de Kafka, escreveu a propósito desta obra-prima das letras contemporâneas.

 Kafka


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