Manhã clara narra as errâncias de Borga, um jovem estudante de Filosofia que percorre as praias desertas do sudoeste em busca de liberdade, do sentido da vida e de si próprio. Desamparado após uma ruptura amorosa, Borga encontra reconforto na amizade do seus companheiros, mas também no sexo, na música, no álcool e nas drogas. Une-os essa ânsia de desfrutar plenamente dos êxtases da juventude, antes da entrada na vida ativa. Assentam arraiais na Carrapateira, uma pequena vila de pescadores onde os velhos são castiços e a cerveja barata. Certa manhã, apercebendo-se de que as suas reservas de haxixe acabaram, decidem fazer uma visita a um traficante mal afamado que mora nos confins da serra. A expedição quase termina em tragédia e Borga comete uma imprudência irreparável. Este episódio inaugura uma série de peripécias que arrastarão Borga para um redemoinho de tormentos, conflitos e perigos que o deixam à beira do abismo e face a si mesmo. É contudo a partir dessa vertigem, e de certo modo graças a ela, que ganha ânimo e coragem para vencer os seus demónios e encontrar aquilo que verdadeiramente procurava.
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