«Vieira foi um domador de palavras, um ginasta, um trapezista da argumentação. As palavras são barro que Vieira molda como um mestre oleiro, criando formas espantosas e deleitosas. Se há uma palavra que o caracteriza, tendo potenciado o seu génio, é, precisamente, a ‘ousadia’. Ele ousa, com a palavra e com a vida, afrontar os problemas dos homens e das mulheres do seu tempo, mas também os do seu país e os da humanidade no seu todo. Com este livro dá-se a conhecer de modo seleto e acessível aos leitores de hoje o essencial do pensamento universalista de Vieira, que tem muito a dizer-nos, a nós contemporâneos do século XXI, para melhor respondermos aos desafios da atualidade.»
«É a ação que dá conteúdo à existência?
Nem todos os anos, que se passam, se vivem: uma coisa é contar os anos, outra vivê-los; uma coisa é viver, outra durar. (...) As nossas ações são os nossos dias: por eles se contam os anos, por eles se mede a vida: enquanto obramos racionalmente, vivemos; o demais tempo duramos.
O que faz realmente uma pessoa nobre?
As ações generosas, e não os pais ilustres, são as que fazem fidalgos.
Muitos portugueses que se notabilizaram em vários campos costumam queixar-se da ingratidão e da falta de reconhecimento da sua pátria em relação aos serviços que lhe prestaram. O que acha desta situação?
Se servistes à pátria, que vos foi ingrata, vós fizestes o que devíeis, ela o que costuma.»
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