«Vim a este mundo sob o signo de Saturno — estrela da mais lenta revolução, planeta dos desvios e adiamentos.»
Em 1940, passada uma década de trabalho sobre um texto que lhe traria finalmente o desejado reconhecimento como um dos pensadores seminais do século XX, Walter Benjamin, alemão de origem judaica, encontra-se com a sua irmã numa Paris cercada pelos tanques nazis. Sob a sombra da captura, guarda o manuscrito de cem páginas e outros textos inéditos na sua pasta de pele preta e abandona França, numa fuga atribulada em direção aos Pirenéus e à passagem rumo à liberdade.
Jay Parini, autor de A Última Estação, narra com perspicácia de biógrafo estes últimos e trágicos meses de vida de Benjamin, que culminarão no seu misterioso suicídio. Nestas páginas, emerge o retrato humano e polémico de uma das mentes mais brilhantes de uma geração de intelectuais que inclui nomes como os de Hannah Arendt e Bertolt Brecht, servindo simultaneamente de elegia e testemunho de um tempo não assim tão longínquo.
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