Um ladrão estava muito compenetrado, com toda a sua energia canalizada numa fechadura, alheio a qualquer outra coisa. Um homem puro ficou a contemplar o ladrão, observando que este se encontrava num estado invejável de concentração.
– Amigo ladrão – disse o homem puro –, gostaria que fosses meu mestre.
– Teu mestre? – respondeu verdadeiramente perplexo o ladrão. – De que posso eu, um miserável ladrão insignificante, ser mestre?
– Da concentração. Nomeio-te meu mestre. Em troca serei teu mestre.
– De quê?
– Da pureza. Se ambos conseguirmos adquirir estas duas joias, a pureza e a concentração, o que poderemos temer?
Ramiro Calle apresenta-nos contos que foi ouvindo de diversos mestres e que reuniu ao longo de dezenas de viagens à Índia.
São narrativas encantadoras e subtis que podem ser lidas e apreciadas, tanto por crianças como por adultos, e que, tocam diretamente a mente e o coração de quem as lê.
Sem comentários:
Enviar um comentário