«A propósito dos diálogos que agora se publicam, escritos por Agustina Bessa-Luís sob o título A Casa e oferecidos, com data de 2 de Setembro de 1981, ao Manoel de Oliveira e à Maria Isabel, com um abraço para integrar o filme Visita ou Memórias e Confissões, diz o realizador que não conhece ninguém que tenha mudado tantas vezes de casa como a Agustina. E mais confidencia que com respeito a casas são muito diferentes: ele seria muito mais o gato e Agustina muito mais o cão. Se o prodigioso diálogo criativo em que ambos se empenharam muitas vezes se pareceu, de facto, a um despique de cão e gato — colaborações de que resultaram, talvez por isso mesmo, algumas das mais notáveis realizações literárias e cinematográficas de um e doutro —, aqui convergem num idílico consenso. Agustina reconhece que este filme é um dos seus preferidos, como confirma que ao longo da sua vida mudou efetivamente dezanove vezes de casa.»
[Do Prefácio de António Preto]
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