segunda-feira, 16 de novembro de 2020

Silvana - Cristina Cosme

Uma geração marcada por uma educação austera e paternalista vê-se impelida a gerir o obscurantismo do passado com uma nova visão do mundo e a nova liberdade oferecida. Afonso é um homem atormentado, exemplo da incapacidade de encontrar o equilíbrio entre os dois opostos. 
Silvana enfrenta um relacionamento cruciante fruto desse desajuste e regenera-se, delineando um plano dinâmico, com o qual terá reveses e glórias. A história sem sentido de Bruneida, personagem ambígua, mensageira de um destino incauto ou perverso, apenas a distrai e retarda o seu intento. O encontro com Bártolo remete-nos para o leitmotiv do seu futuro. 

Silvana é o fio condutor da narrativa que concentra a essência da sua temática - o desafio em transpor o que se proclama impossível. Um olhar sobre a natureza humana, os sobressaltos da vida, o sofrimento, a vontade de ser ator do seu próprio destino. E o amor, nas suas várias facetas. E o futuro, capaz de descolar-se do passado. Ou conceder-lhe uma nova leitura.

De acordo com o júri do Prémio Literário Agustina Bessa-Luís, este é «um romance que articula, com desenvoltura, o jogo de prudências e astúcias das relações humanas».

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