quinta-feira, 1 de setembro de 2022

Apoteose dos Mártires - Mário Cláudio

Em 1638, e já no ocaso do Império Português, Tomás Rodrigues da Cunha, pequeno fidalgo e militar, natural do Minho, e Pierre Berthelot, piloto-mor e cosmógrafo, oriundo da Normandia, rumaram à Ilha de Sumatra no Índico.

Integravam a embaixada que se propunha firmar um tratado de aliança com o sultão de Achém e, sendo os dois na ocasião carmelitas descalços do convento de Goa, movia-os esse espírito insólito, de entrega e sacrifício, inspirador dos mártires de todas as épocas.

As aventuras que viveram, nas quais o amor profano nem sempre se distinguiria do sagrado, constituem verso e reverso de uma só medalha, cunhada na miséria da guerra, na exaltação da alma, e na partilha da Terra. 

Como outros, de ontem, de hoje e amanhã, apostaram na glória da condição humana, tornando-se dignos do festejo do sangue generosamente derramado.

Quanto ao luminoso trajecto que executaram, e que nenhum livro até agora descreveu, o presente autor acredita que nestas páginas ficarão o comovido tributo, e o registo possível.

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