O século XIX representou uma etapa crucial da História da Madeira. Primeiro, com as ocupações britânicas, no quadro das Guerras Napoleónicas; depois, com a transferência da corte para o Brasil e as revoluções liberais que mudaram drasticamente o panorama político em Portugal e na Europa, encerrando o denominado Antigo Regime.
Este século também foi marcado por profundas alterações políticas e, no caso da Madeira, pelas crises económica e social advindas das pragas da vinha, até então a principal produção da Ilha, e pela progressiva adaptação das estruturas de apoio ao turismo terapêutico e, depois, de lazer.
O início do século XIX representa, ainda, a configuração e a consolidação de uma consciência política insular, de que se foram queixando sucessivamente os governadores, os prelados, os corregedores e os provedores.
A Madeira foi assim o primeiro local, fora do continente, a apoiar a revolução liberal do Porto e de Lisboa, logo enviando representantes às novas Cortes Constituintes e, em 1882, a eleger um deputado republicano, Manuel de Arriaga, que, quase 30 anos depois e implantada a República, seria o seu primeiro Presidente.
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